“Stranger Things não é Game of Thrones”: criadores prometem surpreender, mas descartam episódio final sangrento

Divulgação | Netflix

• Por Alisson Santos 

Conforme a série Stranger Things se aproxima de seu desfecho, os criadores Matt e Ross Duffer têm se pronunciado repetidamente sobre como a conclusão da história vai se diferenciar de outras grandes produções televisivas — em particular, da épica Game of Thrones.

Stranger Things convive há anos com uma crítica recorrente de parte do público; a de que a série evita matar personagens do núcleo principal. Embora o perigo seja constante e as ameaças cada vez maiores, os protagonistas quase sempre escapam ilesos, enquanto as perdas acabam recaindo sobre personagens secundários. Para muitos fãs, isso enfraquece a sensação de risco real e cria a impressão de “perigo falso”, em que tudo parece grave, mas raramente tem consequências definitivas para o grupo central.

Com o aumento da tensão e dos riscos narrativos na quinta temporada, muitos fãs começaram a especular que o episódio final poderia seguir um caminho mais brutal e chocante com seu núcleo principal no estilo de Game of Thrones — famosa por mortes inesperadas de personagens importantes, como no episódio conhecido como "Casamento Vermelho". 

Em entrevista ao Variety, porém, Matt Duffer tratou de desfazer essa comparação:

"A série não é Game of Thrones. Não estamos em Westeros. Não haverá um Casamento Vermelho, se é isso que você está perguntando. Isso seria deprimente,” disse ele, explicando que Stranger Things não foi feita com o objetivo de chocar gratuitamente. 

Ross Duffer reforçou que a intenção dos criadores é oferecer um final que faça sentido emocionalmente para os personagens e a trajetória da série, em vez de usar mortes dramáticas como mero recurso narrativo. Isso não significa, entretanto, que não haverá surpresas ou perdas. 

Os próprios Duffers já disseram em outras entrevistas que poderiam matar personagens se isso ajudasse a história, mas que não fariam isso apenas para atender à expectativa de fãs ou para igualar outras produções mais sombrias. Essa abordagem é intencional e faz parte do DNA da série; preservar o poder emocional da narrativa sem recorrer a sensacionalismo.

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