Crítica | Lumière! A Aventura Continua - Um documentário que, ao mostrar os primórdios de tudo, pode reacender o amor perdido pelo cinema.
• Por William Silva
Mais uma vez, Thierry mostra que, mesmo com uma edição simples e uma trilha sonora de fundo que acompanha o filme todo, ainda é possível extrair algo esplêndido que nos prende a esse mundo tão nostálgico.
O documentário Lumière! A Aventura Continua conta com a voz marcante do diretor para nos manter focados nesse universo, mas que, ao mesmo tempo, apresenta um tom sutil com um toque de humor. Ele consegue trazer muitas informações com riqueza de detalhes ao longo do documentário, não deixando sequer um mísero chapéu sair de cena.
| Divulgação | Imovision |
Thierry Frémaux dedica tempo para apresentar cada segundo dos curtas dos irmãos, chegando a falar sobre um pedestre que acena para as câmeras ou um menino curioso em saber o que era aquilo, já que, naquela época, era algo incomum. Traz com clareza o fato de que os irmãos adoravam mostrar o cotidiano de trabalhadores e pedestres ao redor do mundo, apresentando-nos curtas indo do Japão, que foi filmado pela primeira vez em 1896 por Gabriel Veyre, trazendo imagens em primeira mão desse tão misterioso país, até a famosa cena “La Sortie de l'usine Lumière à Lyon” – um curta que é reproduzido até hoje no dia 19 de março para evidenciar esses fatos.
Com isso, fica óbvio o amor que esse diretor depositou nesse filme, e como ele conseguiu evidenciar com tanto fervor a importância desses irmãos para o nosso sistema de entretenimento, junto com uma qualidade de imagem e som impecáveis, mesmo que um ou outro curta dos mais de 100 apresentados ainda mostre ranhuras.
Aliás, como diz uma frase de um crítico citado no filme “A morte nunca mais será absoluta”. Ou seja, muitas coisas vão marcar a história e nunca mais serão esquecidas, assim como esses dois irmãos e este documentário, algo foi feito com tanto carinho.
Lumière! A Aventura Continua chega aos cinemas brasileiros no dia 11 de dezembro.
Avaliação - 9/10
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